terça-feira, novembro 28, 2006

Infidelidade cubana

Segundo alguns analistas norte-americanos, e a julgar pelas imagens do hospital tornadas públicas, Fidel Castro padece de cancro e morrerá em 2007. Se assim for, supunhamos que estamos nos instantes seguintes à médica declaração de óbito do ditador e façamos uma prolepse:
Fidel chega ao Céu, onde é recebido pelo inevitável São Pedro que, obedecendo a divinas ordens superiores, lhe recusa e impede a entrada nas celestiais paragens e o manda para as tórridas profundezas do Inferno. Chegado aí, é recebido por Lúcifer em pessoa, que, num inaudito e apócrifo assomo de simpatia, informa Fidel que já o aguardava; dá-lhe as boas-vindas e fá-lo sentir-se em casa.
Entretanto, o ex-guerrilheiro lembra-se que, freudiano acto falhado ou não, esquecera as suas malas junto às portas do Céu. O diabólico guardião do purgatório imediatamente providenciou o envio de dois irrequietos diabinhos para subirem às alturas da sagrada morada e trazerem as olvidadas malas. Ora, o eficientíssimo São Pedro havia-as recolhido para a secção de perdidos e achados e tinha-se ausentado para ir almoçar. Acto contínuo, o par de diabinhos decide escalar o muro do Paraíso e, já no seu interior, é visto por dois anjinhos (não sei de que sexo!) que por ali deambulavam em peripatética descontracção, comentando um(a) para o(a) outro(a):
- É incrível! Ainda não há um quarto de hora desde que Fidel Castro foi para o Inferno e já temos refugiados...
É caso para dizer que, em Cuba, "penso, logo exílio"!

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