segunda-feira, novembro 20, 2006

Sem dó nem Pai Natal

Numa atitude de claro abuso de poder, Hugo Chávez determinou a proibição de os edifícios públicos na Venezuela exibirem figuras do Pai Natal (que, como se sabe, enverga as cores da Coca-Cola) ou árvores de Natal, por considerar que são ambos símbolos do imperialismo americano. Não deverá ser fácil aos venezuelanos habituarem-se à ausência do vetusto Nicolau, da exuberante cornadura das condutoras renas, bem como da apaziguadora candura do pinheiro iluminado (seja ele de plástico ou tenha sido amputado da floresta a que cruelmente o subtrairam).
Ora, não consta que os elementos do presépio sejam colaboracionaistas do governo de Bush, pelo que se presume que a estes não chegará o implacável mandamento tirânico de Chávez.
É certo que o democrático ditador sul-americano tem, como qualquer pessoa ou Estado de bem, razões para lamentar, condenar, censurar e até boicotar a pax americana, mas daí a culpar o inocente Pai Natal e impedir as criancinhas de lhe verem as macilentas e alvas barbas... É quase como proibir a criação de gado por ser responsável pelos hambúrgueres da McDonalds! Como é fácil perder a razão!

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