'Flexipoupança'

Ora, este modelo faz com que o futuro dos trabalhadores não seja já coincidente com o futuro das empresas nem faça parte das preocupações destas, mesmo que pontuais e desgarrados gestos de filantropia procurem dissimular essa indiferença. Ou seja, os actuais contextos económicos impõem a ideia de que o emprego não representa já um factor de estabilidade e segurança.
Mas, então, são agora poucos os motivos que estimulam a produtividade, dada a ausência de vínculo laboral sólido: se o futuro dos trabalhadores não consta das preocupações das empresas, como se quer que o futuro das empresas conste das preocupações dos trabalhadores? Se o crescimento do PIB é para engordar os cofres dos bancos e de outros grandes grupos económicos, que razões têm os trabalhadores para se sacrificarem? Para quê o empenho em criar riqueza, se não há equitativa distribuição da mesma?
Etiquetas: Política
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home