quarta-feira, março 14, 2007

Vícios privados

Em Fevereiro de 2004 iniciaram-se as obras da Cidade Judiciária em Caxias, no valor de 60 milhões de euros, as quais viriam a ser embargadas meses depois, em Novembro, por violarem o Plano Director Municipal de Oeiras. Agora, o Estado vai ter de indemnizar a construtora Teixeira Duarte pagando os 12,6 milhões de euros que esta reclama.
Este é um exemplo flagrante, entre muitos outros, do modo negligente como se gere a coisa pública e se fica impune. À época, Celeste Cardona era a ministra da Justiça e, como retribuição pela sua incompetência e péssimo serviço público prestado, cumpre actualmente um «exílio» dourado na administração da Caixa Geral de Depósitos. Assim se avalia o mérito desta gente que destrói o sector público e lhe dá a reputação de ser ineficaz, ineficiente e onerosa. Com isso se esquece que a ex-ministra faz parte do séquito de Portas no liberal-conservador CDS e integrou os últimos governos de centro-direita, que tanto apregoam as virtudes do sector privado. Pudera!
Neste quadro de feroz neoliberalismo, até quando as públicas virtudes resistirão aos vícios privados?

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2 Comments:

Blogger Texuga said...

Depois da reabilitação do Palácio da Justiça em Lisboa, que ocupa um quarteirão enorme e em zona priviligiada, fazia todo o sentido gastar-se milhões numa cidade judiciária fora da cidade, e com os relativos custos a pagar pelos clientes dos advogados a estes pelas deslocações... Enforquem-na!

12:29 da tarde  
Blogger morffina said...

Criminosos que não são punidos nos palácios que constroem!

10:08 da manhã  

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