Do esvaziamento da democracia

Esta alteração vem desvirtuar o voto dos cidadãos, mandando-o às urtigas, pois ignora a democrática proporcionalidade que devia nortear a formação dos poderes executivo e legislativo, em São Bento, em Estrasburgo, no Rossio ou nos Aliados. E isso em nome da falsa premissa da governabilidade do poder local, quando é público e notório que o problema da gestão autárquica não é a sua governabilidade, mas antes a falta de controlo democrático do seu exercício (que, não inocentemente, o novo quadro legal agrava e fomenta) e a eliminação das condições que favoreçam a alternância no poder. Para PS e PSD importa, acima de tudo, defender os respectivos interesses e não o interesse nacional.
A montante desta situação, e que a legitima, está a invariável letargia cívica dos eleitores portugueses, para a maioria dos quais a ética política é dispensável, desde que beneficiem com isso. Afinal, esses partidos não são feitos de pessoas, mas de... gente!
1 Comments:
Haja detergente emergente para esta gente!
Enviar um comentário
<< Home