segunda-feira, setembro 24, 2007

Para um «Ministério da Vergonha»

A feudal ministra da Educação, orgulhosa de agir como uma autocrática fora-da-lei ao reiterar as laudas à sua decisão de ter mandado repetir os exames de Química e de Física de 12º ano, em 2006, violou claramente a Constituição, conforme o Supremo Tribunal Administrativo veio agora confirmar o já anteriormente relatado pelo Tribunal Constitucional. E, entretanto, a sinistra senhora voltou a ser alvo de crítica por parte do Provedor de Justiça, que fez duas advertências sobre as irregularidades do concurso de acesso a professor titular - de facto, um mal nunca vem só! Somente numa mente ignóbil e ignorante da realidade escolar seria possível tratar a classe docente de forma tão vilmente estúpida e insensata.
Embora a medieval socióloga torne público que não se arrepende, o certo é que, lamentavelmente, nada lhe acontece, permanecendo impune quem despreza tão frontal e inequivocamente o princípio da igualdade de oportunidades e manifesta um patogénico acinte para com as pessoas que irresponsavelmente tutela: alunos e professores. Não é por acaso que o Ministério da Educação cortou agora relações com a DECO, por esta vir denunciar que faz frio nas húmidas salas de aula, onde o ar é muitas vezes irrespirável; quem não é por ela é contra ela!
Na verdade, as escolas públicas vão conseguindo sobreviver à custa do aluguer dos seus espaços para eventos desportivos, casamentos, baptizados e demais ocorrências que tudo têm a ver com a dignidade sapiencial que era suposto associar-se a uma escola... É uma realidade que tem vindo a ser iludida publicamente pelo espectáculo propagandístico de falsas reformas e medidas avulso que só contribuem para liquidar o sistema educativo, ao ponto de se encenarem salas de aula e se recrutarem miúdos a fazer de alunos e a fingir estarem em plena actividade lectiva. Há farsas inqualificáveis!
À dona Lurdes não confiava nem uma moeda de um cêntimo, e só se mantem no governo graças ao triste país em que vivemos. Se, para ela, a motivação dos professores e o sucesso escolar são coisas dissociáveis, para mim o cargo de ministro de tão maltratada pasta é distinto da qualidade e carácter de quem o ocupa, caso contrário também as aprendizagens dos alunos seriam uma irremediável... desgraça!
Para quando, em Portugal, a criação de um supervisor «Ministério da Vergonha»?

2 Comments:

Blogger Ai meu Deus said...

Ministério da Vergonha, não! Sugiro antes algo no género de Associação de cidadãos independentes para a vergonha dos governantes (ACIVG).

Abraço.

12:26 da manhã  
Blogger morffina said...

Com avaliadores maus, não há avaliação que valha ...

4:30 da tarde  

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