«Quo vadis» Europa?
No dia 9 de Maio de 1950, foi apresentada a «Declaração Schuman», na qual se propôs a criação de uma Europa organizada, naquela que foi a ideia seminal do que viria a ser a actual União Europeia. E faz hoje 12 anos que, na Cimeira de Milão, se adoptou este dia como o «Dia da Europa».
A «Declaração Schuman» aprofundou a necessidade de sulcar caminhos no sentido de uma construção europeia que congregasse a diversidade de nacionalidades numa união democraticamente consolidada. E esse histórico documento já antevia as dificuldades de tal processo, ao afirmar que: "a Europa não se fará de uma só vez, nem numa construção de conjunto: far-se-á por meio de realizações concretas que criem primeiro uma solidariedade de facto".
57 anos depois desta declaração pioneira, a ideia de Europa encontra-se ainda em maturação, não obstante os avanços já encetados, designadamente com a (parcial) união monetária. Agora com 27 membros, a crise de crescimento deu lugar à crise de entendimento e definição consensual de prioridades mobilizadoras, o que a tem deixado ora moribunda, ora em lume brando. Mas a inércia de decisão política parece ter correspondência na inércia de indiferença popular... Quantos cidadãos europeus se lembram da data? Quantos cidadãos europeus perspectivam pacificamente a concertação estratégica dos interesses nacionais com os interesses comunitários? Será mesmo viável construir os Estados Unidos da Europa? Quo vadis Europa?
Etiquetas: Política
1 Comments:
"Vadis" onde os europeus quiserem. Espero ainda estar vivo quando a Europa se unir efectivamente.
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