terça-feira, julho 17, 2007

Em ninho de cucos / 3


Tecnicamente é um «terço». Na prática é, entre outros instrumentos de tortura, o objecto há séculos usado por sacerdotes católicos para iniciarem sexualmente inocentes aprendizes de litanias e fórmulas afins, sem as quais não se obtém a salvação eterna. Enquanto os petizes estão no êxtase da oração, parece que muitos padres estão no êxtase do orgasmo, mais terreno, é certo, mas igualmente redentor! Só na diocese de Los Angeles foram 508 os que se queixaram dos servos de Deus; vão receber 660 milhões de dólares (a pobreza da igreja do papa imita Jesus!), mas faltou anunciar quantas Avé Marias e Pais Nossos vão ser rezados... Coitados dos padres pedófilos: exige-se-lhes a castidade e a testosterona sobe-lhes à cabeça!

6 Comments:

Blogger antonio ganhão said...

Tomar a parte pelo todo, confundir a atitude do mensageiro com o sentido da mensagem. O fundamentalismo, religioso ou anti-religioso, não é libertador do homem.

Existem muitas formas pelas quais o homem se afasta de Deus, é mera presunção acreditar que umas, entre outras, têm mais mérito.

Que mantenhas um espírito livre e o teu olhar crítico, também sobre os teus fantasmas.

2:20 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caro António: não tenho fantasmas, dragões nem sereias, muito menos anjos; mesmo quando estou lúcido! :)
Acho piada à gaguez dos católicos para justificarem o injustificável: é que não há mensagem sem mensageiro! E o mensageiro sediado em Roma é que não é nada libertador, ou não sabes história?; além disso, a crítica racional à religião é sempre vista como fundamentalismo anti-religioso... Se o homem se afasta ou não de "Deus" não sei, pois é preciso antes de mais provar que existe e que entidade é essa. É fácil especular sobre o que não se vê e a morte e a dor amedrontam o homem e levam-no à suprema invenção. Coitado!
Abraço,
ALM

12:09 da manhã  
Blogger antonio ganhão said...

Fico satisfeito por te saber sem fantasmas, espero que não fiques gago se te propor que denuncies a mutilação genital feminina que se pratica em certos templos, hoje, em Portugal. (e não te peço o mesmo empenho que colocas nas tuas locubrações anti-católicas)

11:01 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caro António: 1º) não fico gago para denunciar tudo o que viole a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que é a minha Bíblia, à falta de outra melhor. Por isso, deves ser tu a denunciar quais são os templos portugueses em que se pratica a excisão, porque isso é muito grave e eu não sei quais são; se soubesse tê-los-ia denunciado há muito e lamento que tu não o tenhas já feito.
2º) Este teu comentário parece-me pouco cristão, pois o mal dos outros a mim não me consola: lá por haver templos que fazem a excisão (espero que os denuncies!), isso não desculpa a igreja católica por dar cobertura e ocultar durante décadas casos de pedofilia, pelo que não vejo qq pertinência na insinuação que fazes. Quem pratica o crime é criminoso!!
3º) Já agora te digo: não sou católico por muitas razões idênticas às que não me fazem ser nazi ou comunista; quanto mais não seja, defendo a igualdade de direitos entre homem e mulher (tu, como bom católico que pareces ser, não podes defender isso!).
Portanto, tens de arranjar argumentos bem melhores dos que as falácias com que defendes a igreja universal italiana.
Abraço e aguardo que não continues tu gago de razões :)
ALM

5:09 da tarde  
Blogger antonio ganhão said...

Se bem entendi, o que me dizes é que se pode ser muçulmano, budista, ou hindu sem se pactuar com as más práticas.

Ou seja, seria meio cretino considerar, por exemplo, que a religião muçulmana tem como um dos seus principais objectivos difundir o mal.

Se tal fosse a sua prática generalizada, há muito que teria tido o destino das seitas: a perda da sua universalidade.

Apesar do fundamentalismo islâmico, que nos entra casa a dentro pelos telejornais, ninguém de boa fé, reduziria a religião islâmica a um bando de fanáticos.

Registo com agrado, a forma esclarecida e respeitosa, com que a esmagadora maioria dos nossos opinion makers lidam com a Igreja Islâmica. Isso abre boas perspectivas em termos de respeito pela dignidade humana, onde se inclui o respeito pelo culto.

Por exemplo, a lei da liberdade religiosa, na ânsia de tudo meter no mesmo saco (imagina quem era a principal visada), permite que determinadas seitas vendam “reforços vitamínicos” e outras porcarias, sem qualquer controlo sanitário ou do Infarmed. Se perguntassem às cinco maiores religiões registadas em Portugal se estão interessadas em comercializar produtos fora da alçada das autoridades sanitárias ou do Infarmed, estou certo que a resposta seria: não. Aqui houve um fantasma que toldou o discernimento do legislador e existe quem sofra por isso.

E meu caro, para os casos concretos: basta ir ao google.

11:28 da tarde  
Blogger morffina said...

É pena de facto não haver um deus para castigar estes monstros miseráveis, tanto na igreja católica como nas outras religiões. Se houvesse um deus ele não teria religião.

2:33 da manhã  

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