Lágrimas de crocodilo

Portugal não aprende com os erros e teima em sacrificar os seus próprios cidadãos ao veneno insidioso do desleixo, da impunidade e da negligência; só o drama do desastre consumado estimula os (ir)responsáveis políticos na empenhada diligência e concretização das medidas proteladas. Neste particular, o exemplo de Entre-os-Rios representa o flagrante símbolo da triste fatalidade que é, tantas vezes, viver em Portugal.
Nos casos em apreço, quem vai ser responsabilizado e devidamente punido? Terá já o Ministério Público tomado conta das ocorrências e estará a proceder em conformidade? Onde anda metido o Presidente da República, cujo silêncio e passividade em nada contribuem para o prestígio das instituições e o fortalecimento da confiança dos cidadãos nas mesmas? E a sinistra figura que tutela a Educação: permanece ela tão sordidamente indiferente à qualidade do trabalho docente e tão persistentemente ocupada na sua cruzada pelo achincalhamento dos professores, que nenhum lamento balbucia (nem que seja em murmurante sintonia com o seu querido líder)?
Uma coisa parece evidente: foi preciso terem morrido dois docentes de forme infame para que o sr. Pinto de Sousa chore diferidas lágrimas, seguramente, de crocodilo!
1 Comments:
Agora já se lhe juntou o PM, seguramente comovido pelas suas lágrimas!
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