37 vezes Outono
Imerso no inexorável ciclo cósmico e na linear temporalidade de Cronos, despedi-me do ventre materno faz hoje 37 anos: aspiro os aromas da vida há 444 meses; testemunho as cores do espectro solar há 1776 semanas; fruo os paladares da Terra há 13320 dias; ouço as acústicas vibrações há 319680 horas...
Longe de estar saturado desta improvável deriva existencial - sermos gerados é a menor das probabilidades que, paradoxalmente, nos pode acontecer! -, a marca da vital contingência relembra a sua irrespondível ambiguidade: se a contagem é crescente, o limite é apenas e sempre expectável; se a contagem é decrescente, a que distância está o zero?
Entretanto, outro ciclo se escreve e inscreve no trilho sinuoso da rugosa textura de ser! Quando acabará a tinta?
Etiquetas: Ensaio
4 Comments:
Espero bem que por muitos anos ...
Feliz aniversário amigão!
Grande Abraço
MF
Xim-xim, Miguel!
Parabéns.
Com a esperança de vida decretada pelo pê-quê(?)ainda estaremos cá daqui por 60...
Aquele abraço.
jcosta
que o zero esteja bem longe. já agora, para mim também! ;-)
Peço desculpa por vir tarde... mas desejo-te o dobro de tudo de bom que desejo para mim!! Otília
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