terça-feira, outubro 31, 2006

37 vezes Outono

Imerso no inexorável ciclo cósmico e na linear temporalidade de Cronos, despedi-me do ventre materno faz hoje 37 anos: aspiro os aromas da vida há 444 meses; testemunho as cores do espectro solar há 1776 semanas; fruo os paladares da Terra há 13320 dias; ouço as acústicas vibrações há 319680 horas...
Longe de estar saturado desta improvável deriva existencial - sermos gerados é a menor das probabilidades que, paradoxalmente, nos pode acontecer! -, a marca da vital contingência relembra a sua irrespondível ambiguidade: se a contagem é crescente, o limite é apenas e sempre expectável; se a contagem é decrescente, a que distância está o zero?
Entretanto, outro ciclo se escreve e inscreve no trilho sinuoso da rugosa textura de ser! Quando acabará a tinta?

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4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Espero bem que por muitos anos ...

Feliz aniversário amigão!

Grande Abraço
MF

4:46 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Xim-xim, Miguel!

Parabéns.

Com a esperança de vida decretada pelo pê-quê(?)ainda estaremos cá daqui por 60...

Aquele abraço.
jcosta

10:15 da tarde  
Blogger Ai meu Deus said...

que o zero esteja bem longe. já agora, para mim também! ;-)

12:32 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Peço desculpa por vir tarde... mas desejo-te o dobro de tudo de bom que desejo para mim!! Otília

10:55 da tarde  

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