Pontes para o deserto da incompetência

Para compor o ramalhete de analogias e insinuações infelizes, no dia seguinte acorreu em auxílio do desbocado governante o senador Almeida Santos, assegurando que a nova estrutura aeroportuária a sul implicaria a construção de pontes, as quais se tornariam um alvo fácil de terroristas! Este inominável decano perdeu mais uma oportunidade de estar calado, provando que continua a ser tão útil à democracia como os eucaliptos no equilíbrio florestal mediterrânico... Por que razão os terroristas desejariam dinamitar pontes que dão acesso a um "deserto"? E, para quem intenta dinamitar pontes, não seria menos dispendioso e mais fácil dinamitar directamente os aeroportos? E os habitantes do "deserto" - insignificantes alentejanos e algarvios -, não serão eles merecedores de imediato reforço de protecção?
Esta é a estirpe de gente que a incauta maioria dos portugueses eleitores persiste em eleger. Agora é a vez de um PS cada vez menos «partido socialista» e mais «partido de Sócrates» ou «partido senil», deserto de ideologia social, de ideias sensatas e de competência, tantos são os grãos de areia a emperrar a engrenagem de um país já de si administrativa e institucionalmente apodrecido. O verdadeiro deserto parece ser o de políticos competentes e cidadãos exigentes!
Etiquetas: Política
3 Comments:
"provando que continua a ser tão útil à democracia como os eucaliptos no equilíbrio florestal mediterrânico". Brilhante! Ou quiçá, tão útil como pontes no deserto? Ah! Ah! Ah!
...áaaaaaaaaaaaggggggggggggguuuuuuuuuuuuaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!!
Realmente, é de ficar com sede... parece a cena do filme do Lawrence da Arábia, em que o pobre Peter O'Toole faz a travessia do deserto quase em tempo real...
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