Só eles sabem porque não ficam em casa
Notícias assim são a prova da pertinência e lucidez do aforismo de Emil Cioran: Deus é um desespero que começa onde todos os outros acabam. Se estamos em evolução, parece todavia que os crédulos não - aliás, como podia ser de outro modo se o próprio Deus não evolui?
As igrejas, os credos, as confissões e as religiões são o maior «negócio da China» alguma vez congeminado pelo vampirismo teológico, pois vendem-se soteriológicas promessas de redenção sem amostra concreta do produto vendido, garante-se divina protecção, embora faça parte do sacrifício e da contingência de existir o ser atropelado, morto, violado, espancado, roubado, ter dor de dentes, apanhar uma intoxicação alimentar... Assim é fácil e a exploração da pobreza espiritual fica a custo zero!
Poder-se-á objectar: é estúpido fazer uma relação de causa-efeito entre um atropelamento e o acto de peregrinar a Fátima, como se a Fátima só os imortais peregrinassem. Muito certo, mas é aí que está o cerne da questão, pois a imortalidade aniquilaria o fenómeno religioso como a fé e os peregrinos (deste e de todos os credos) são, afinal, tão atropeláveis como os não crentes e apesar de estes não apelarem à divina providência e protecção. Em terra de cegos...
Já agora, o condutor ficou bem?
As igrejas, os credos, as confissões e as religiões são o maior «negócio da China» alguma vez congeminado pelo vampirismo teológico, pois vendem-se soteriológicas promessas de redenção sem amostra concreta do produto vendido, garante-se divina protecção, embora faça parte do sacrifício e da contingência de existir o ser atropelado, morto, violado, espancado, roubado, ter dor de dentes, apanhar uma intoxicação alimentar... Assim é fácil e a exploração da pobreza espiritual fica a custo zero!
Poder-se-á objectar: é estúpido fazer uma relação de causa-efeito entre um atropelamento e o acto de peregrinar a Fátima, como se a Fátima só os imortais peregrinassem. Muito certo, mas é aí que está o cerne da questão, pois a imortalidade aniquilaria o fenómeno religioso como a fé e os peregrinos (deste e de todos os credos) são, afinal, tão atropeláveis como os não crentes e apesar de estes não apelarem à divina providência e protecção. Em terra de cegos...
Já agora, o condutor ficou bem?
Etiquetas: Religião
2 Comments:
tirando a maldade da tua pergunta final... fazes-me lembrar o Zeca: os pára-raios nas igrejas são a prova de que os crentes não confiam lá muito em deus.
Deus seja louvado (e a sua Mãe, a Virgem Santíssima)!
O mais iacreditável (se é que existe algo mais inacreditável que deus)é que alguns destes obscurados e obscurantes peregrinos que foram entrevistados na televisão queixaram-se da falta de condições das estradas e passeios até ao Fátimashopping ...
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