O céu já não é o limite
Foi a 4 de Outubro de 1957, faz hoje 50 anos, que começou a concretizar-se a era espacial: nesse dia, a então União Soviética enviou o «Sputnik» para o espaço, lançado desde o cosmódromo de Baikonour, no Cazaquistão. O «Sputnik» (que em russo quer dizer «amigo» ou «companheiro») era uma esfera com cerca de 50 cm e pesando 83,6 kg, cuja singela função era tão somente transmitir para terra um sinal de rádio; este primeiro satélite artificial orbitou a Terra durante seis meses, antes de cair.
Depois desta missão «Sputnik 1», seguiu-se o envio para o espaço da cadela Laika, o primeiro animal a contemplar o planeta azul; e, mais tarde, o primeiro homem, Iuri Gagarin. Em 1969, os EUA ripostaram a esta liderança soviética da exploração espacial, com a chegada à Lua.
Esta é, talvez, a mais ambiciosa aventura científica, a ponto de o céu deixar de ser o limite. Os sucessivos satélites mandados para a órbita terrestre permitiram conhecer melhor a própria Terra e os seus ecossistemas, bem como melhorou a qualidade e o rigor da previsão meteorológica e contribuiu no apoio à navegação (como o sistema GPS) e ao nível da comunicação (os satélites comerciais de televisão). Também a medicina beneficiou: a análise dos efeitos da permanência de astronautas no espaço levou à descoberta da medição automática de pressão sanguínea, inventaram-se sistemas de monitorização do coração para pessoas sensíveis à radiação e aperfeiçoou-se a ergonomia de vários dispositivos.
O progresso tecnológico muito deve à exploração espacial, em virtude da aplicação, no nosso quotidiano na Terra, de muita da tecnologia espacial: em vestuário antifogo, em sistemas de redução do ruído, em aparelhos para os dentes, em óculos escuros, etc..
Pena é que, hoje, 50 anos depois, o céu se torne mais perigoso graças ao uso militar do espaço e, além disso, se tenha provado que a cosmologia inserta nos versículos da Bíblia é um disparate de proporções bíblicas. Com a exploração espacial é a vida no planeta Terra que mudou; e, oxalá, não seja graças a ela que a vida neste planeta quase moribundo vá... terminar!
7 Comments:
Foda-se, home, então tu querias que a puta da Bíblia tivesse um mapa do Cosmos para levar à letra?
Home, como pode um filósofo inteligente e agudo como tu ter a flatulência do preconceito e a curteza de vistas!
Apaixona-te, ó caralho, por tudo o que é humano e não demonizes o passado que és fruto dele inteirinho na sua riqueza e complexidade.
A Puta da Revolução Francesa e a sanha jacobina em que, agressivo e insultuoso te filias, só reproduziram violência, não substituiram nada nem foram modelo de nada de melhor. Pelo contrário, troxeram a morte e a perseguição em escala industrial nas suas diversas mutações genético-ideológicas.
Sócrates teria pena de ti. Eu não tenho.
Gosto do que escreves e gostava de gosta de ti se não fosses tão hermético às pessoas, ó caralhito.
Caro Joshua: não quero descer a um tão baixo nível de linguagem como o teu, próprio de quem recorre ao insulto por não ter argumentos para discutir com seriedade, justeza e sustentação lógica as coisas. Por isso só deixo aqui quatro notas:
a) interessante saber por ti que a Bíblia "não é para levar à letra"...
b) o teor deste comentário espelha fielmente o reflexo de quem comenta.
c) pior cego não é o que não vê, mas o que não quer ver...
d) e são pessoas como tu que gosto que não gostem de mim!
ALM
És mesmo cromo e emperdernido, caralhito!
a) "não é para levar à letra" do ponto de vista de uma geografia, de fisiologia, de uma Física.
b) o teor do comentário anterior é provocatório e nada mais só espelha o que te dá prazer e convém que espelhe.
c) pior cego não é o que não vê, mas o que não quer ver e isso aplica-se à tua contorção dos factos a favor de uma perspectiva exclusivista e fechada, além de ressentida.
d) «e são pessoas como tu que gosto que não gostem de mim», o que espelha um juízo de valor pedantolas, fechado e preconceituoso.
Continuo a gostar de ti, ó caralhito, porque insultas baixinho, adoras ser politicamente correcto e nunca te descais dessa puta de Pose de Estado.
Eu não tenho pose, caralhito. E começo a ter pena do pequeno rato laboratorial em que te converteste. Rodando e rodando e rodando na velha jaula giratória da tua vida.
E outra coisa: foi por teres sido GROSSEIRO e HUMILHANTE com quem pensava diverso de ti que concitaste todo o meu à-vontade-calão.
Tens a mania, mas eu gosto de ti.
Ouve lá, ó Bernardo Gui de trazer por casa: repito que me dá prazer que gente da tua estirpe de baixa retórica não goste de mim. Eu sei q não tens pose (se calhar nem perfil!), bastando ler os dislates herméticos e a linguagem pimba que tão gratuitamente utilizas. As ideias debatem-se com argumentos sérios e claros (coisa q certamente desconhecerás) e não com insultos brejeiros. Da minha parte, regozijo-me por saber que, sendo eu tão politicamente correcto, mesmo assim consigo pôr-te a ferver na redoma da tua beata presunção e nos estreitos limites do teu débil poder de encaixe dialéctico, que o Altíssimo te valha...
Aproveito para te propor que retires o link para o meu blogue, q da minha parte farei o mesmo, pois com o tempo revelaste-te um mau companheiro de tertúlia (é triste querer estar no pedestal e perder a pose) e não gosto de me ver associado a isso; não quero contribuir para a má fama da blogosfera nem promovê-la. Tens mesmo uma linguagem de delicados contornos pré-históricos e agora percebo o alcance de um tal escriba sentir-se "rei da palavra dos sáurios" - até ao "sapiens" falta-te muito.
Além disso, as tuas insistentes referências ao falo dariam uma profícua análise freudiana. E por falar em Freud, não me visites, ó Guizito, pois não quero continuar a assistir às tuas crises de nervos.
Continuação de boas personagens!
Gostei! Finalmente, rasgas o verniz e dizes o que realmente pensas de mim, do que escrevo e do meu blogue e isso é salutar. Gostei, repito.
Já me sinto melhor. Juro. António, meu querido a antigo amigo, olha que nem tudo o que parece é: não tive uma crise de nervos, foi provocar-te, homem, puxar pela tua língua e tirar-te do silêncio desprezivo a que te remeteste.
E consegui. Falaste.
Eu não estou zangado contigo nem nunca pensei em romper contigo e deslinkar-te (tu faz o que quiseres) - o que eu quis foi outra coisa: saber se me lês. Descobri que ainda me lês. Saber o que pensas sobre mim. Pensas que tudo se resume a raciocínios esquemáticos e bem urdidos segundo uma lógica linear.
Esse é o teu mundo e para ti único mundo para todos. Eu tenho outro mundo.
Continuo a pensar que é bom ter uma leitura que me provoca e me ofende as convicções mais ínitmas, medulares, espirituais.
Missão cumprida.
Abraço e bom fim de semana.
... ahhh ... Com licença. Alguém se lembra dos "Sigue Sigue Sputnik"?
Caro Gui: não te sabia masoquista!
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