A arte do crime

Apesar dos apelos dos visitantes para libertar o cão, Vargas recusou-se a fazê-lo, com o argumento de que se tratava de uma homenagem a uma mulher nicaraguense morta em consequência de um ataque de um rotweiller. E, como se tudo isto não bastasse e não fosse suficiente prova de uma gratuita e cruel ausência de escrúpulos, o título da amostra estava grafado numa parede com uma colagem feita à base de... comida canina!
Entretanto, corre na net uma petição contra este suposto artista participar na Bienal de 2008.
Desconheço o talento artístico deste senhor, cujo comportamento é mais o de um criminoso do que o de um artista, qual arte do crime num crime sem arte: não ocorrerá aos «guillermovargas» deste mundo denunciar o nazismo, acorrentando um judeu moribundo? Ou censurar os eleitores de Bush, torturando um inocente iraquiano?
Guillermo Vargas é um cobarde, servindo-se da fraqueza alheia e dos elos mais fracos para as suas torpes reivindicações. Por mim, reconheço mais dignidade àquele cão morto e desgraçado pelos meandros da vida, do que ao sapiens vivo que fala castelhano e que instrumentaliza a arte para os vis fins da demência que o perturba!
1 Comments:
Como é possível olhar para isto e não deixar de dizer que o Homem é o bicho mais animalesco que por cá anda... Choca-me a morte, de todos, seja de uma minhoca na alface, de uma mosca, de um cão ou de um Homem. Se calhar é por isso que quando tenho de tirar um destes bichos da minha frente me recuso a fazê-lo pela morte do mesmo, afasto-o simplesmente, pegando nele e transportando-o para outro lado. Simples.
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