Congelar a estupidez

Depois dos protestos na área de Saúde, os protestos de professores a que temos assistido são a prova inequívoca do desespero em que o Governo está a lançar uma classe profissional de relevante importância nacional, como se a culpa do apodrecimento da qualidade de ensino fosse dos docentes e não dos carrascos que sentam comodamente o rabo nos gabinetes da 5 de Outubro ou do palácio de São Bento. De facto, Lurdes Rodrigues tem um conhecimento prático da vida escolar tão ajustado à realidade como ajustada é a capacidade que um analfabeto tem de interpretar um texto, mormente se de pedagogia se tratar...
Fazer depender a avaliação dos professores de itens como o abandono escolar e as classificações atribuídas aos alunos é apenas um singelo exemplo da má fé, ignorância e inqualificável chantagem, apenas possível em pessoas patologicamente obcecadas em resultado de um qualquer recalcamento recôndito e obscuro.
Este fenómeno de intervenção popular tem a virtude de se constituir como uma forma de luta social complementar e autónoma em relação aos sindicatos e organizações afins, logo, menos politizadas. E a urgente demissão da ministra da Educação e dos seus secretários de Estado faria neste momento mais pelo futuro de Portugal do que a redução de todos os défices. E, já agora, porque não obrigá-los a restituir todo o dinheiro que auferiram enquanto parasitaram no Ministério? Que bom seria se a força dos argumentos derrotasse os argumentos da força...
Justo seria se, em vez de se congelarem aumentos de salários e progressões na carreira, se congelasse a estupidez e a incompetência!
Etiquetas: Sociedade
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