segunda-feira, julho 10, 2006

Troppo bene Italia!

A final de Berlim, jogada ontem entre Itália e França, consagrou a "squadra azzurra" como tetracampeã mundial e, logo, como a segunda melhor selecção de sempre na história dos mundiais, atrás da pentacampeã selecção brasileira. Dos 18 Mundiais já realizados, a selecção transalpina esteve presente em 16 e foi finalista em seis - portanto, em um terço das finais já disputadas! -, perdendo apenas duas delas.
Foi um jogo equilibrado, sobretudo na primeira parte (os dois golos do empate a uma bola aconteceram aos 7 e aos 16 minutos), e em que Zidane, considerado o melhor jogador desta edição 2006, terminou a sua carreira da pior forma ao ser expulso por ter agredido ostensivamente Materazzi com uma cabeçada violenta no peito deste, já no prolongamento. A equipa treinada por Marcelo Lippi só na marcação das grandes penalidades se superiorizou à selecção gaulesa que, na contabilidade dos 120 minutos jogados, foi a melhor equipa em campo, dispôs de mais ocasiões de golo (das poucas que a partida teve) e tomou quase sempre a iniciativa do jogo, ao ponto de a Itália se ter praticamente limitado a defender na segunda parte e na meia hora de prorrogação de tempo, mesmo jogando em superioridade numérica após a expulsão de Zidane. Valeu invariavelmente, nessa circunstância, o habitual rigor defensivo italiano: os "azzurri" sofreram apenas dois golos nos sete jogos que disputaram!
Por conseguinte, a França merecia melhor sorte, mas no futebol, como na vida, o pragmatismo acabou por ser decisivo e determinante; e, no caso italiano, foi preponderante neste campeonato o valor e a profissional regularidade do colectivo, coeso e funcional táctica e tecnicamente (por exemplo, Pirlo, Grosso e Materazzi, defesas, foram importantes na manobra ofensiva e chegaram mesmo a marcar). Para os que tinham dúvidas decorrentes de um jejum de 24 anos e do desastroso Euro 2004, a Itália provou que, desde 1934, nunca deixou de ser a maior potência europeia de futebol e a segunda melhor do mundo, e creio mesmo que a sua afirmação continuará nos próximos anos, prosseguindo no Euro 2008, na Suíça.
Este quarto título mundial vem, curiosamente, numa conjuntura interna adversa que decorre dos escândalos de corrupção que envolvem o próprio seleccionador Lippi e os maiores clubes italianos, Juventus e Milan, os quais poderão ser despromovidos para divisões inferiores. Não é só em Portugal que a ausência de «fair play» parece ordenar comportamentos antidesportivos, mas tomáramos nós que a justiça lusa fosse tão justa, célere e imune a pressões como a italiana dá mostras de ser.
Agora só falta arranjar espaço no emblema da Federazione Italiana Giuoco Calcio para lá colocar a quarta estrela - já começa a ser uma constelação! Parabéns aos novos campeões do mundo e arriverdeci, até ao seu regresso...

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3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

E o Zidane que foi considerado o melhor jogador do mundial pela FIFA!
Pensar que o C. Ronaldo não foi eleito o melhor jogador jovem por não ter tido "fair play" ... ma bene!

No menticari ragazzo do último pedido que tu mi fari em lo ultimo post mio.

Ciao, grazzi a tuti

Abraço

MF

7:46 da tarde  
Blogger Al Cardoso said...

Adorei ver a cara de pau do treinador frances desta vez, depois de ter dito a Scolari: ja vos f*di.
Talvez a Franca tivesse jogado melhor, mas tambem com Portugal jogou pior e ganhou.
Esta reposta a justica.

5:39 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Looks nice! Awesome content. Good job guys.
»

8:03 da tarde  

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