«Políticos, Caciques e Outros Anátemas» - 8º Acto

Assim, os bolsos do "povo" têm de beneficiar os 290 000 euros de indemnização pagos a um quadro superior da GALP em 2004, que de lá saiu para a REFER pela mão de António Mexia (um verdadeiro espírito de missão!); ou os 6600 euros mensais para o jovem rebento de Miguel Horta e Costa, que, certamente pelos seus méritos e decana experiência, ingressou precocemente nos quadros da empresa; ou os 6350 euros mensais, além de gabinete e seguro de vida (no valor de 70 meses de ordenado!), concedidos a Freitas do Amaral de 2003 a 2005, como consultor da empresa (deve ter sido importantíssima essa consultadoria!); ou os 8000 euros mensais pagos ao administrador da área do imobiliário (a fazer o quê?), o democrata-cristão Manuel Queiró; ou a contratação de um administrador espanhol com a oferta de 15 anos de antiguidade, pagamento de casa e colégio dos filhos, fora outras regalias; ou os 17 anos de antiguidade e seguro de vida equivalente a 70 meses de ordenado (Freitas não é mais do que os outros...), que se juntam a um salário de 17 400 euros por mês, a Guido Albuquerque, cunhado do ex-ministro laranja de Durão e Santana, Morais Sarmento (que curiosa familiar coincidência!); ou os 3000 euros, só pelas presenças, dados a Ferreira do Amaral por um cargo não executivo (que importância não tachista tem este tipo de cargos?), mais os 10 000 euros de PPRs - compensou o alto serviço à pátria que foi ter servido de carne para canhão do PSD em anteriores eleições presidenciais disputadas contra a candidatura do virtual vencedor Sampaio; ou os 10 000 euros de remuneração de um engenheiro agrónomo para a área financeira (na minha ignorância, nunca tinha vislumbrado a relação entre agricultura e refinação de petróleo!); ou os 9800 euros por mês pagos à especialista em Finanças que foi para o Marketing; ou os 30 000 euros que ganha o presidente da Comissão Executiva e os 17 500 euros pagos aos vogais; ou os 20 000 euros mensais auferidos por Murteira Nabo...
Nabo é o povo que valida e se conforma com estes escândalos e abastece na GALP. Com cargas fiscais tão elevadas e excessivas sobre os produtos petrolíferos, até eu, que, como o Jesus de Fernando Pessoa, nada percebo de economia, finanças ou gestão, seria bem sucedido na prossecução dos objectivos da empresa. Bendita guerra no Iraque, bendito crescimento sino-indiano, bendita instabilidade na Nigéria, bendita crise de petróleo!
Etiquetas: Política
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