Dia Mundial da Poesia (UNESCO)
Poesia é corpo de mulher,
é roteiro de delicado poema em recorte poroso,
mapa definido de todas as direcções imprecisas,
promessa de divino êxtase e ebulição, oculto vértice, púbica sagração.
Corpo de mulher - encruzilhada da poesia...
Poesia que é gota que desliza pela secura árida dos dias,
é a amarra cortada, a corda desatada, que extingue e dissolve o nó das rotinas;
lânguido movimento de sedução ociosa, bruma caprichosa,
brisa suave que acena à vida todas as doçuras do sentimento.
Subtil e tranquilo momento...
Com ou sem rima,
transborda como amplo universo de sensual estima,
analgésico que apazigua o ódio e a dor; nutre o amor e os prazeres anima,
grito mudo, contido e surdo, núcleo interior dormente,
diligência de espiritual alvura, luz diáfana luzente,
clareira da treva incandescendente,
sensível chama, brilho, movimento feito palavra presente.
Em ti convergem a distância e a proximidade, o tédio e a saudade;
De todos os nomes és matéria: Maria, Rosa, Ana, Sara... Adelaide!
Poesia será sempre, eternamente, o que a emoção disser,
hino de volições e fino instrumento,
etéreo pensamento,
feito poema, num corpo de mulher...
é roteiro de delicado poema em recorte poroso,
mapa definido de todas as direcções imprecisas,
promessa de divino êxtase e ebulição, oculto vértice, púbica sagração.
Corpo de mulher - encruzilhada da poesia...
Poesia que é gota que desliza pela secura árida dos dias,
é a amarra cortada, a corda desatada, que extingue e dissolve o nó das rotinas;
lânguido movimento de sedução ociosa, bruma caprichosa,
brisa suave que acena à vida todas as doçuras do sentimento.
Subtil e tranquilo momento...
Com ou sem rima,
transborda como amplo universo de sensual estima,
analgésico que apazigua o ódio e a dor; nutre o amor e os prazeres anima,
grito mudo, contido e surdo, núcleo interior dormente,
diligência de espiritual alvura, luz diáfana luzente,
clareira da treva incandescendente,
sensível chama, brilho, movimento feito palavra presente.
Em ti convergem a distância e a proximidade, o tédio e a saudade;
De todos os nomes és matéria: Maria, Rosa, Ana, Sara... Adelaide!
Poesia será sempre, eternamente, o que a emoção disser,
hino de volições e fino instrumento,
etéreo pensamento,
feito poema, num corpo de mulher...
Etiquetas: Poesia
3 Comments:
Olá Miguel,
Muitos Parabéns!
Surpreendida com esta tua veia poética! Sem dúvida uma vertente tua pronta a soltar amarras! Texto fantástico, livre, solto e muito sentido e sensual... Como mulher, só posso agradecer a evocação...
Da tua, sempre amiga,
Rosa Duarte
Como homem, permite-me agradecer esta viagem por um mundo eternamente desconhecido e que nos seduz e chama e que seguimos sem saber bem onde vai dar.
I didn't know you had it in you, poem wise, that is.
Bless you, my son!
bem... não sei se este é um comentário machista -- se for, que seja! mas que tal corpo é mal empregado para corda... lá isso é! :-)
Abraço, ALM!
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